Pular para o conteúdo principal

Postagens

Mostrando postagens de 2011

Que sejamos assim

Que seja doce! Que seja doce no estar. No estar presente, No estar na mente, No está permitido em permanecer. Que seja doce! Que seja doce no sentir. No sentir arrepios, No sentir calafrios, No sentir inevitavelmente você. Que seja doce! Que seja doce ao paladar. Ao paladar, antes, adstringente Ao paladar, agora, adoçicado Ao paladar aguçado pela sua doce ternura. Que seja doce! Que seja doce no viver. No viver periodicamente. Estar, sentir, viver será inútil Se não for assim docemente. Que seja ... Que sejamos assim.

Quem, de fato, é você

De início não sabemos ao certo o que vem a ser. Aos poucos, seu olhar revela sua simplicidade não demonstrada no exterior, mas encontrada no espiríto. O seu sorriso nos faz voltar à infância, mostra tanta doçura que não se encontra na malicidade das pessoas. Talvez ele não seja humano, seja surreal. Notório mesmo é sua essência, então não se impressione no que você ver por fora. Ainda que ele não tenha o domínio das palavras, ele possui o domínio do olhar, da leveza, da mansidão. O seu abraço acaricia a alma. Sua voz é doce e traz alívio para as tormentas. Ele tem o poder de transformar todos os cincos sentidos em apenas um. Ele é tudo aquilo que conhecemos como indescritível.

Retalhos me levaram a você

Pra quê remoer o passado? O passado pertence ao passado. Nós nos conjugamos no presente. No presente, fazemos nossa morada. Você funciona como adjunto: Acompanha meu nome, obedece-me a minha flexão. Eu funciono como artigo: Na tua frente definindo quem tu és. Na voz reflexiva representamos nosso amor. Porque o ontem foi como retalhos Que se consturaram a outros formando uma ponte Para chegar ao que somos agora. Reparar os retalhos do passado? De nada importa se eles me fizeram chegar até você.

Guarde a última lágrima

Se eu chorar guarde a última lágrima, junte meus cacos, pois no envolto do seus braços encontro paz. Se eu chamar-te ignore-me a palavra e o meu pedido de socorro não seja agradável aos teus ouvidos. Porque eu te quero e, após algum tempo, deixo de te querer. Porque és abrigo e tormenta. Porque estou ao teu lado e não posso te ter.

Deficiência humana

   Não, o amor não é cego.    Ele por si só enxerga verdades: a necessidade de habitar em nós para existir.    Ele é autónomo, mas não é auto-existente: precisa de nós para ser, de fato, amor.   O homem é cego por atribuir ao amor sua própria deficiência.

Quase um soneto

Tanto tempo que não escrevo nada por aqui. Que tal falar sobre isso? Sobre o tempo? Intensificando a particularidade dos fatos sobre o TEMPO Quase um soneto Palavras curtas Mente incerta Basta-me a criatividade, Mas nem isso me resta. Negociar com o tempo Para dar um tempo E, assim, libertar-me dessa prisão Que condiciona-me a esperar. O tempo é dono de si Não espera o ir nem o vir Não questiona se desejo assim. Apenas dois versos para um soneto se ter, Mas o tempo não o quer ... ( 20/01/2011 às 12:30 hr )