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Mostrando postagens de junho, 2010

Confidências

Quando o orvalho rompeu o horizonte Eu já me punha em pé Buscava os teus olhares distantes Para acalentar a minha fé De que estás por perto Conjugado em uma canção, um verso Metaforicamente inverso Da sensação de está em um deserto. Se estás longe, Em um relento lugar, Trate de me esperar onde O sol insiste em repousar Para que assim não esconda a tua luz Que incendeia, seduz E recai sobre mim. Mas se estás próximo, Nos arredores daqui, Não tarde a vir Basta um pequeno gesto Para que eu corra para ti. Ô calamidade essa a minha de esperar-te! Tratarei de por um fim - Que ingenuidade da minha parte - O meu reverso és tu Mesmo sem nunca fitar-te E a direção que vens não saber Ao longe reconhecerei teus olhos E o meu coração será só de você. ( JêH Niz - Junho 2010 )

" Se conselho tivesse valia, ninguém dava, vendia "

Nesses últimos dias, algo vem me impulsionando a escrever. Consultei o íntimo em busca de promover à escrita, pórem as palavras chegaram à mente imprecisas. Tenho observado as pessoas e notei que umas caminham, outras rastejam, mas ambas carregam fardos. Todas estão cansadas, exaustas. O trabalho vem consumindo seu tempo - isso no que se refere à disponibilidade deste - e roubando o seu vigor. Elas estão tão entretidas nesse joguinho quanto se distrai uma criança. Abra seus olhos! Não deixe que instantes preciosos sejam levados pela correnteza por causa de sua insensibilidade a percebê-los. Há momentos que trabalho algum substitui o prazer de senti-los; pois valem mais, bem mais que dinheiro. São pequenos  instantes, são riquezas que o dinheiro não compra. Viva a sua vida da melhor forma. Escreva a sua própria história de acordo com a sintaxe e a morfologia da Língua. E assim você não se queixará de uma vírgula que não foi posta. De sua amiga: Jêh Niz

Vestígios

Não existem dois iguais, Apenas traços do meu eu em você. E ainda que se vá o sentimento, Trarás consigo marcas que, Nem o tempo, petrificará. Sou a eterna lembrança que carregas em teus ombros. Não como um fardo, mas como um doce descanso. ( Jêh Niz - 02.06.2010 )

Figuras de construção

Palavras: com elas constroem-se castelos, desfazem-se muros, refazem-se elos. São códigos que transcrevem a alma, o estado de espírito. São bálsamos que refrigeram em meio à tormenta; chuva serôdia que recai sobre a terra. Um substantivo? Refúgio. Sim, é como um refúgio em tempos de crise. Palavras como Pontes de Hidrogênio, a Função que tende ao infinito, a Força Eletromotriz! Elas exprimem emoção quando a voz emudece. Sensibilizam quando fogem os sentidos. Seriam elas pequenas? Seriam palavras apenas avulsas, lançadas ao vento ou contra a maré? Obviamente não! Palavras... supremas na arte de tecer e costurar as almas, na arte de alcançar os corações. Para muitos, complexa. Para mim, completa.